Governo Pondera Alugar Sinais de Satélites Para Rádio e Televisão do estado
Abril 5, 2005 às 2:40 pm | Publicado em Media & Jornalismo | Deixe um comentárioO Governo pondera seriamente a possibilidade de alugar sinal de satélite para a transmissão das emissões da televisão e rádio estatais, informou no domingo o primeiro-ministro, José Maria Neves, em S. Nicolau.
De acordo com PARALELO14, “o chefe do Executivo cabo-verdiano, que nessa ilha vem sendo confrontado pela população com o facto de os sinais da RTC, rádio e televisão, ou não chegarem ou chegarem em péssimas condições, a algumas localidades, disse em Queimadas que o estudo sobre a via de transmissão por satélite está em curso e deverá ficar pronto brevemente.
Segundo o chefe do Governo, o problema da recepção dos sinais da rádio e televisão estatais não existe só em S. Nicolau, mas em todo o interior de Santiago.
Fez saber que nas montanhas, em todo o pais, estão instalados mais de cem equipamentos, entre retransmissores, baterias e painéis solares, encontrando-se a maior parte deles deteriorada e sendo difícil a sua recuperação.Relativamente a S. Nicolau, disse que dentro de algumas semanas o problema da rádio nessa ilha estará resolvido com electrificação de Monte Gordo, uma vez que a RTC irá aumentar a potência ali instalada”.
O Papa em morte dupla: Uma História Anunciada
Abril 5, 2005 às 2:03 pm | Publicado em Media & Jornalismo | Deixe um comentário Finalmente, parece que o Papa João Paulo II morreu de verdade… pelo menos, oficialmente. Na verdade, o Papa começou a morrer desde o dia em que os meios de comunicação social deram conta que a sua saúde andava de mal a pior.
A partir de então, começou a corrida pela linha da frente: a luta era quem ia dar a informação em primeiro lugar. Assim, as televisões, as rádios e os jornais de todo o mundo enviariam equipas de jornalistas a passearem pelas ruas de Roma, com o objectivo de levarem para as casas dos cidadãos planetários informações que antecedem a própria morte do homem.
Os grandes canais como a CNN até chegaram a avançar, em alguns momentos, a morte do Santo Papa. Pelo menos, alguns meios que se socorrem desses grandes fazedores da opinião pública mundial avançaram com a notícia, atribuindo a responsabilidade da sua veracidade a essas ditas cadeias. No entanto, pouco de veraz a informação tinha até 19h 37mn de Cabo Verde, momento em que João Paulo II se sucumbiu perante a morte.
O comunicado oficial lançou a notícia para os quatro cantos do mundo pelas palavras do porta-voz Joaquín Navarro Valls: “O Santo Padre morreu esta noite às 21h37 [hora local] no seu apartamento privado” no Vaticano. E assim, a angústia chegou ao fim… angústia não só daquele que partiu do mundo dos vivos, mas também de um batalhão de jornalistas que se encontravam de plantão nas ruas de Roma à espera desse grande momento.
Na verdade, a profissão de jornalista tem dessas coisas engraçadas. Muitas vezes, somos obrigados a sentar-nos à porta das pessoas à espera que elas morram. Depois de morrerem, dizemos a todo o mundo que elas já se descansaram em paz e voltamos à nossa rotina diária.
Passado uma semana, já nem lembramos do que tinha acontecido. É mais um caso. O jornalismo, muitas vezes, consegue anestesiar os profissionais da informação de forma tal que vida e morte passam a ser o mesmo lado da mesma moeda. Deixam de pertencer a dimensões inversas e a morte passa a fazer mesmo parte da vida, saindo do plano do para além de… é assim a vida. E, assim, também é a morte.
A vida do Papa João Paulo II conheceu várias mortes. Para além de ter dado entrada em emergência em vários hospitais do mundo, por causa, dos vários atentados que sofreu, o Papa teve uma longa morte nos meios de comunicação social, que demorou vários dias. É o preço que se paga, quando os segmentos de funcionamento dos meios de comunicação social são transformados naquilo que apelido de mercado das notícias. O mercado vende os seus produtos. E o mercado das notícias vende, entre muitas coisas, também a morte.
A morte encerra, em si, uma grande carga negativa… e a negatividade é um valor-notícia por excelência. O negativo vende. As pessoas querem saber o que, de mal, aconteceu, está a acontecer ou mesmo o que está para acontecer. Mais do que notícia, o público quer também que os jornalistas façam futurologia, desde que lhe dêem informações negativas.
Voltando ao Papa… O Santo Papa morreu. É uma perda para a Igreja Católica e para toda a comunidade católica. Mas, é sobretudo uma perda para a Igreja Católica que nos últimos tempos soube bem se promover com a doença do Papa. Soube, em certa medida, gerir as informações sobre a doença de João Paulo II, fazendo propriamente marketing religioso.
Quem não conseguiu compreender as representações psicológicas do Papa que a Igreja Católica fez nos media? Com certeza, muito pouca gente. A Igreja procurou criar a imagem de João Paulo II como um Papa de ferro, que resiste a todas as tempestades e tem como limite último o céu. Uma imagem que acompanhou o Papa até o seu último suspiro. E agora?, perguntava o outro. Agora é esperar para ver quem virá… é esperar para ver que postura o próximo trará.
João Paulo II… a história de uma morte anunciada. O homem que disse a um jornalista que quando queria saber como está a sua saúde vai ler os jornais, teve uma morte anunciada nos meios de comunicação social. É a tal história de que falava no início… a história anunciada. O jornalismo, muitas vezes, consegue anestesiar os profissionais da informação de forma tal que vida e morte passam a ser o mesmo lado da mesma moeda.. E o Papa teve uma dupla morte: passou vários dias a morrer nos meios de comunicação social para depois despedir-se finalmente do mundo dos vivos. Só resta dizer: Que o Papa Descanse em Paz. Amem
“O Jornalismo do Luto”
Abril 5, 2005 às 1:48 pm | Publicado em Media & Jornalismo | Deixe um comentárioZimbabué Condena Jornalistas Britânicos
Abril 5, 2005 às 1:41 pm | Publicado em Media & Jornalismo | Deixe um comentário
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