Em nome da Liberdade de Imprensa

Fevereiro 23, 2006 às 12:18 pm | Publicado em Media & Jornalismo | 1 Comentário
Fazendo a devida vénia ao Liberal, citamos este texto:

«Há cem anos apresentava-se em Portugal um importante movimento em defesa da liberdade de imprensa. A 22 de Fevereiro de 1906, destacadas figuras da imprensa portuguesa subscreviam um manifesto então vindo a lume reclamando o fim da apreensão de jornais que pautou os últimos anos da Monarquia: João Franco, Primeiro Ministro de D. Carlos, com o aplauso de um importante sector intelectual (incluindo os celebrados Vencidos da Vida – Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, Eça de Queiroz, estavam agastados com a “choldra”, como Eça referia, ou a “piolheira”, como o Rei designava o país, em que a vida política portuguesa se tornara), adoptara a “linha dura” para tentar conter o avanço republicano e suster a desagregação das forças monárquicas. França Borges, de “O Mundo”, Zeferino Cândido, de “A Época”, Alfredo Cunha, do “Diário de Notícias”, Moreira de Almeida, de “O Dia”, e Magalhães Lima, da “Vanguarda” e mais tarde uma das principais figuras da Maçonaria portuguesa, assinavam esse manifesto claramente identificado com os republicanos. No entanto, já na I República, estes mesmos destacados defensores da liberdade de imprensa e de opinião não se coibiram de aplaudir a repressão da imprensa operária que, na década seguinte, iria ganhar importante dinamismo e os primeiros assomos de uma imprensa virada para a promoção da dignidade africana e embrionariamente emancipadora que começariam a revelar-se no espaço colonial português».

“É necessário desmentir o jornal ‘A Semana’”

Fevereiro 17, 2006 às 3:30 pm | Publicado em Media & Jornalismo | 1 Comentário
… afirma José Tomás Veiga no Liberal
Não sei se há uma guerra aberta entre os órgãos de comunicação que operam no arquipélago da morabeza ou se a guerra é desencadeada nos mesmos meios de comunicação social. A verdade é que ela existe. Qualquer um pode ver que a coabitação entre os diversos órgãos privados que operam neste pedacinho de chão não tem sido das melhores. Não sei se é pela estrutura económica de cada uma das empresas… não sei se é pela luta para conseguir-se angariar um maior volume de publicidade… não sei se é pela cor política que cada um defende. O certo é que, desde Expresso das Ilhas, passando pelo A Semena, não deixando de fora o Liberal e o próprio Paralelo14, cada vez mais se acentua o fosso no vazio de relacionamento entre essas diferentes empresas privadas de comunicação social. Cada um procura desmintir o concorrente. Hoje, Liberal traz uma afirmação, segundo a qual, há que desmintir o jornal A Semana.
«“Invenções completas”. Foi o que disse ao nosso jornal o director de campanha da candidatura de Carlos Veiga à Presidência da República, José Tomás Veiga, a propósito da notícia avançada esta manhã pelo jornal “A Semana”. Segundo esse jornal, “Sampaio e Sócrates” teriam recusado “audiência a Carlos Veiga”, depois de o candidato às presidenciais de 12 de Fevereiro passado que se encontra em Lisboa – Portugal, ter solicitado os referidos encontros para, na óptica daquele jornal “lhes expor a sua leitura sobre as eleições do passado domingo em Cabo Verde”». Ler Mais

PIOR” DO QUE ESTÁ A TELEVISÃO DE CABO VERDE “É IMPOSSÍVEL”

Fevereiro 16, 2006 às 3:24 pm | Publicado em Media & Jornalismo | 4 comentários
logo-tcv.gif«Daniel Medina, o novo director da Televisão de Cabo Verde já teceu considerações que, certamente, não cairão no agrado dos responsáveis da empresa. É que, contrariando, o que tem sido defendido pela administração da empresa, para quem a Televisão estava melhor do que nunca, para Medina, a situação da Televisão Nacional é tão má que, segundo defendeu, com o seu trabalho “as coisas não podem ser piores do que estão nesse momento”. Vai mais longe e diz: “pior é impossível”». Ler Mais

Televisão de Cabo Verde tem novo director

Fevereiro 16, 2006 às 3:21 pm | Publicado em Media & Jornalismo | 13 comentários
Daniel Medina será o próximo director da Televisão de Cabo Verde, estando a sua tomada de posse prevista para a manhã de hoje. Medina que era assessor do Conselho de Administração da RTC, ocupação para a qual havia sido contratado poucos meses antes das eleições, substitui assim Isabel Moura Mendes que esteve no cargo pouco mais de ano.
Medina terá para chefe de informação a jornalista Margarida Moreira que, substitui assim em definitivo, Waldemar Pires que deixou o lugar vago, na sequência dos desentendimentos com o Conselho de Administração por causa da cobertura das campanhas eleitorais para as legislativas. Recorde-se, a respeito, que durante esse período, Isabel Mendes acumulou o cargo de directora da Televisão e de Chefe de Informação.
Para completar a equipa, Medina contará com Adelina Brito na programação, cargo que, segundo as nossas fontes, o novo director pretendia que fosse ocupado pela jornalista Matilde Dias. Aliás, diz a nossa fonte que “ela esteve reunida ontem com o Medina”, tendo a jornalista manifestado indisponibilidade para o cargo.
Daniel Medina iniciou-se na Comunicação Social em S. Vicente onde trabalhou na “Rádio Voz de S. Vicente” em 1981, tendo mais tarde seguido para Portugal onde acabaria por se licenciar em Comunicação Social.

Com a devida vénia ao Liberal

Quatro notas de AMOR

Fevereiro 14, 2006 às 9:17 am | Publicado em Sem categoria | 3 comentários

Hoje, dia do AMOR, deixo aqui algumas notas, não sobre o dito AMOR, mas sobre os media e a Sociologia Política cabo-verdiana:

1. PEDRO PIRES REELEITO

Pedro Pires renovou o seu mandato no cargo de Presidente da República de Cabo Verde. No embate político entre Carlos Veiga e Pedro Pires, este saiu vencedor, impulsionado sobretudo pelos votos no extrangeiro, uma vez que Carlos Veiga ganhou nas ilhas.

Sobre isso, tenho a destacar:

» O elevado nível de abstenção;


» O desentendimento profundo entre a Comissão Nacional das Eleições (CNE) e a Direcção da Administração Eleitoral (DGAE). Quando a DEGAE lançou os resultados parciais apurados, com Carlos Veiga na frente, a CNE apresentou dados sobre a mesma eleição com Pedro Pires na frente. Assim, um gajo burro como eu fica sem saber que o que passou;

» Carlos Veiga, à semelhança do que aconteceu com as legislativas do passado 22, pondera avançar com um pedido de impugnação das eleições. É de recordar que Agostinho Lopes, líder do MpD, já avançou com um deste que está a ser analisado pelo Supremo Tribunal da Justiça;

» Ao que tudo indica, registou-se novamente algumas movimentações fraudelentas;

» O país vai mal, os políticos perderam definitivamente o sentido de responsabilidade e a própria vergonha na cara, esta jovem democracia anda com uma malária que não sei onde é que a vai levar.

 

2. MTV EM CABO VERDE

De acordo com o ue o jornal A Semana escreve, “Cabo Verde sta na moda”. Isto porque “a famosa MTV, Music Network, quer promover cerca de oito programas televisivos a partir deste ano em Cabo Verde, mais propriamente na ilha do Sal.
O projecto deverá arrancar já em Maio, com a gravação de três programas produzidos pelo canal televisivo, em parceria com a produtora e agência de viagens portuguesa, Find. Caso para dizer que Cabo Verde está mesmo na moda”. Ler Mais

3. TARRAFAL ESTÁ NO AR



O site dedicado ao Tarrafal voltou a ser activado. Da autoria de Sara Coimbra, o Tarrafal voltou com um outro endereço. Antes, o canal de acesso era http://www.tarrafal.net. Agora, acede-se ao sítio através do endereço http://www.tarrafalnazona.com. Sara arranca o seu novo sítio com um pedido de desculpa aos internautas: “Após cinco meses encerrado, este site dedicado ao Tarrafal está de volta! Não com o endereço inicial (Tarrafal.net), mas sim com um novo endereço, TarrafalNaZona.com Este é agora um site renovado, com um design moderno e mais conteúdos.

Como vocês todos sabem, o site, desde o primeiro dia de inauguração, nunca funcionou a 100%, com algumas pastas por abrir e ainda esteve durante alguns meses encerrado. Desde já queria pedir desculpas pelo sucedido com o site, afirmando que esta longa ausência não foi pretendida por nós, e explicar tudo o que se passou.

O site Tarrafal.net foi criado por iniciativa minha, com o intuito de manter os tarrafalenses emigrados pelos quatro cantos de mundo, a par do que se passa na sua terra natal. Pretendendo também mostrar aos filhos de tarrafalenses, tal como eu, o concelho maravilhoso dos seus pais e, ainda, para mostrar ao resto do mundo a terra das minhas raízes, pela qual me apaixonei; tudo isto através deste grande meio de comunicação que é a Internet. Desta forma, em conjunto com o web designer “Alberto Coelho” (1) dei início à construção do referido site”. Ler Mais

 

4. E O AMOR?

Bom, agora só nos resta desejar-vos um feliz dia de S. Valentim. Bons namoros.

Uma imagem que marca…

Fevereiro 12, 2006 às 3:04 pm | Publicado em Revista NÓS MEDIA | Deixe um comentário

World Press Photo

A  World Press Photo 2006, o mais prestigiante prémio do fotojornalismo mundial, destinguiu esta fotografia com o prémio da «Foto do Ano». Trata-se de uma imagem recolhida por Finbarr O´Reilly, fotógrafo canadiano, e retracta uma situação de autêntica «emergência alimentar”, em que um filho coloca uma mão sobre a boca da mãe. A imagem é forte… é um flash da seca autêntica que assola o nosso continente e que obriga um número infindável de pessoas a querer encontrar um refúgio para evitar-se da fome e, consequentemente, da morte.
   

Uma outra imagem clara dessa realidade tem-se com as situações de assaltos às portas da Europa, nas fronteiras de Ceuta e Melilla,  por pessoas que passam meses a deambularem-se no deserto… no meio do nada. Muitas  vezes incompreendidos e mal interpretados… mas quem entregaria a sua vida à morte de mãos beijadas? Acho que o mundo devia acordar-se para essa situação. Não para abrir as portas dos países desenvolvidos a tudo e todos… mas para ajudar a encontrar-se uma solução sustentável. Afinal, são vidas que estão em causa. Será que os Direitos Humanos só valem para uns? E NÓS, OS OUTROS? …COMO FICAMOS?

As restantes fotos premiadas encontram-se AQUI.

 

Monopólio da Cabo Verde Telecom está a trazer censuras à imprensa digital

Fevereiro 11, 2006 às 11:45 am | Publicado em Media & Jornalismo, Política | 2 comentários
jornal_cabo1.gif Durante o dia de ontem, o jornal electrónico PARALELO14 esteve fora do ar. Isto porque a NOSI, que assegura o funcionamento de todos os produtos digitais do país, cortou o acesso ao diário on-line. Lembremos que amanhã será o dia das eleições presidenciais no país. O jornal A Semana (www.asemana.cv) fala mesmo na possibilidade de haver uma censura da parte da Cabo Verde Telecom, uma vez que durante o período das eleições legislativas (22 de Janeiro passado) o saldo do telemóvel de Manuel Delgado, director da publicação, foi cancelado, pelo que não podia efectuar qualquer telefonema. “No início das campanhas legislativas, sem mais nem menos, o saldo do meu telemóvel foi bloqueado, e só depois de ir pessoalmente à CVTelecom, onde fiz uma reclamação muito dura a situação se resolveu”, conta Manuel Delgado
Neste momento, está-se a ponderar a possibilidade de haver uma intromissão da Cabo Verde Telecom (empresa de capital maioritariamente estrangeiro) nos assuntos internos e políticos do país. A confirmar essa hipótese, estamos diante de um crime grave, pelo que o Director do PARALELO14 afirma que vai mover todas as suas forças para processar judicialmente a Cabo Verde Telecom, caso venha a confirmar que há uma aberta censura aos conteúdos do seu jornal.
Delgado publicou o seguinte comunicado:

Não foi possível, durante o dia de ontem, 10 de Fevereiro, aceder ao diário electrónico “Paralelo 14” através da rede NOSI, que serve todos os serviços do Estado. A direcção de “Paralelo 14” já contactou a TudoDirecto.com, em cujo servidor o jornal está instalado, a CVTelecom, que é o único organismo nacional que poderia ser responsável, voluntariamente ou por falha técnica, por esse bloqueio, e o próprio NOSI, que nos confirmou que a sua rede absorve todas as outras páginas, nacionais ou sediadas no estrangeiro, à excepção de “Paralelo 14”.A direcção de “Paralelo 14” exclui, de momento, a hipótese de haver qualquer “censura” intencional da parte da CVTelecom ao conteúdo de “Paralelo 14” e está a proceder a todas as diligências para que o jornal esteja na rede NOSI ainda hoje. A ligação Internet paga, e em dia, também foi bloqueada no início da tarde, como já tinha estado bloqueada, juntamente com o telemóvel, durante a campanha para as legislativas. Contudo, a direcção de “Paralelo 14” tomará todas as medidas ao seu alcance, legais e de denúncia nacional e internacional, se se vier a provar que se trata dum abuso intolerável e duma violação grave, tanto do contrato de concessão da empresa e da liberdade de imprensa, bem como uma ingerência nos assuntos políticos do país onde essa empresa, de capital maioritariamente estrangeiro, está instalada num sector estratégico“.
Manuel Delgado, Director

Maomé: esta revolta é séria?

Fevereiro 10, 2006 às 4:53 pm | Publicado em Comunicação e Sociedade | 1 Comentário

A revolta do mundo árabe relativamente à parodização do profeta Maomé nos cartoons é uma coisa séria? Tenho as minhas dúvidas. Acredito que o pobre povo que diariamente parte imóveis, deita fogo aos carros e enfrenta a polícia (dando e tirando vida), numa luta obcecante e desenfreada quase que para a restituição da mais básica dignidade espiritual seja algo sério. Mas, o que está por detrás disso tudo não o é. O povo não age sozinho. Age, seguindo indicações de pessoas em quem acreditam (no caso da comunidade em causa, referimo-nos aos líderes espirituais, que têm um grandioso poder sobre a crença e as acções dos fiéis).
Digo isto porque não só no mundo Ocidental que as caricaturas do profeta tinham sido publicadas. Ao que tudo indica, em Outubro de 2005, os ditos cartoons foram publicados num prestigiado jornal egípcio numa altura em que os fiéis estavam em pleno Ramadão. Ninguém se preocupou com isso. Correu tudo na normalidade e não houve nenhum tipo de protesto ou manifestação de descontentamento. Isso não é uma coisa de se interrogar? Será que os organizadores dessa manifestação não agiram de má fé? Ou as revoltas, mesmo as de carácter espiritual, necessariamente têm que obedecer a determinados timings? Senão, vejamos as imagens que se seguem:

      

 

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Imprensa: olha o blogue!

Fevereiro 10, 2006 às 12:07 pm | Publicado em Media & Jornalismo | 2 comentários
“(…) há dois anos, defendi publicamente que os blogues deviam ser reservados aos que não têm acesso às páginas dos jornais. Na altura, fazia-me alguma confusão que pessoas como Pacheco Pereira, ou Pedro Mexia, tivessem colunas nos jornais, ‘tempo de antena’ em dose generosa, e mesmo assim alimentassem blogues pessoais. (…) Dois anos depois (e muita pancada levada em tudo o que era blogue nacional, como se tivesse criticado o meio em si, o que obviamente não sucedeu…), no momento em que vejo Vasco Pulido Valente chegar à blogoesfera, não resta palavra sobre palavra desse meu texto. Engoli-as todas, uma a uma, humildemente. (…) A comunicação mudou, e a imprensa que se cuide – se se atrasar na adaptação a esta realidade, vai ficar como eu, a ouvir em eco um sonoro ‘Dahh!’… “Pedro Rolo Duarte, DN, 8.1.2006
 
Seguimos as pistas de
Jornalismo e Comunicação e encontramos esse interessante extracto de texto, que evidencia uma ‘concorrência’ no espaço público entre os meios tradicionais e os blogues. No entanto, nos países pobres onde o acesso à Internet é ainda muito incipiente, a questão não se põe nestes termos. Numa próxima oportunidade, voltaremos a esta questão para tratar a blogosfera e o digitalismo cabo-verdiano. Era bom que percebêssemos em que ponto estamos, para onde devemos caminhar-nos e como devemos fazer para podermos acompanhar os desafios da actual sociedade digital.

Troca-letras

Fevereiro 9, 2006 às 8:01 pm | Publicado em Cânticos e Poesia | 1 Comentário
Curioso… De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, nao ipomtra  a odrem plea qaul as lrteas de uma plravaa etaso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol csãofnuo que vcoe pdoe anida ler sem gnderas pobrlmea. Itso é poqrue nós nao lmeos cdaa lrtea isladoa,  mas a plravaa cmoo um tdoo. Cosiruo não?
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